Bárbara em Religare
Sinta-se a vontade para conhecer a seu modo como Bárbara nos apresenta esse espaço, fragmento de memória, e um convite à descoberta. Divirta-se!
Roteiro: Danielle Ramos
Consultoria: Marco Antônio Mabac
Voz: Barba Jubin
Transcrição do espaço:
Olá, meu nome é Bárbara Jubin. Faço parte do elenco do espetáculo Religare. Seja bem vinda, bem vinde e bem vindo ao Espaço Acolhida!
Nesse momento, vou compartilhar contigo a audiodescrição desse espaço.
Há aproximadamente três metros e meio de altura, de um chapéu de palha saem diversos fios de sisal, esticados e fixados no chão, formando uma espécie de tenda com uma base em formato de meia lua. No chão, contornando externamente essa base, há um fio com cinco pequenas luzes retangulares de led azul. A bateria deste módulo de iluminação está sobre um pedaço de miriti, fora e do lado direito da tenda.
Sobre o chão, internamente, um fio guia, espesso, na cor verde musgo, também contorna a meia lua. Fios de macramê nas cores vinho, laranja e vermelho estão espalhados pelo chão. Junto a eles, há folhas de camomila e boldo.
Dentro desta meia-lua, há a máscara que utilizo no espetáculo. O nome dela é Sabiá. É uma meia máscara na cor verde com tela prateada sobre a área dos olhos e
fitas coloridas. No chão, há também um pequeno sapo de madeira. Em suas costas, há ranhuras e uma haste removível. Ao arrastá-la sobre as ranhuras, vais ouvir um som semelhante ao de um sapo.
No centro, há uma cesta de palha na cor marrom. Dentro dela, tem cascas naturais aromatizadas e folhas de boldo, cidreira e tangerina.
Há aproximadamente 1 metro e 30 cm do chão, no fundo do espaço, ao centro, há uma fotografia colorida de tamanho 10×15 cm tendo em sua borda superior uma corda em macramê laranja e amarrada de cada lado a um fio de sisal da tenda. Na foto, estou com meu filho Miguel. Sou uma mulher branca, de 39 anos, de cabelos castanhos escuros curtíssimos. Na fotografia uso um chapéu de palha, óculos de grau e camiseta preta. Ele é um menino branco, de seis anos, tem cabelos castanhos claros e lisos, está sem camisa e short preto. À esquerda, de perfil, Miguel olha para mim sorridente, segurando um brinquedo de lego. À direita, agachada e com um sorriso largo, também olho para ele.
No Espaço Acolhida, encontras também o figurino que utilizo no espetáculo, trata-se de uma manta irregular. Nela está escrito “Sigo por entre as auroras em meu caminho. A energia que emanamos. O que vai embora. Quem decide? Sigo o fluxo. Há uma grande força entre auroras pelo caminho. O movimento está em tudo. O que fica e o que vai embora”.
Na entrada deste espaço, fixado no primeiro sisal do lado direito, há aproximadamente 1 metro e meio do chão, há três QRCodes, um embaixo do outro. São três conversas: “A herança de dona Zuila”, “O cultivo” e “Dona Zuila curava com ervas”. Te convido a ouvi-las!
Carta Ressaca

Transcrição da carta Ressaca:
Atrás da tenda, compondo o Espaço Acolhida, há a minha carta de tarot. Ela se chama “Ressaca”. Nela, ao centro, há uma fotografia minha de corpo inteiro. Sou uma mulher branca, de 39 anos, tenho cabelos castanhos curtos e lisos e uso óculos de grau. Uso roupa preta e, na camiseta, em letras brancas, está escrito “comece, recomece, permita-se”. Sobre a fotografia, fiz intervenções. Contornado meu rosto e se estendendo à parte superior da foto, há a colagem de fios coloridos nas cores verde, azul, laranja e vermelho. Sobre meu abdômen, um recorte com a palavra “criando”. Circulando estas palavras, em tinta amarela, há cinco estrelas. Outras delas também ocupam e se espalham por quase toda a extensão da carta. Coladas sobre cada uma de minhas pernas, uma pena vermelha. Do lado esquerdo, de cima para baixo, recortes coloridos com as palavras: “pensamento”, “dilúvio”, “histórias”, “transformando?”, “e gostoso”. Do lado direito, as palavras: “música”, “linguagens”, “imaginação”, “diálogos”, “artes integradas”.