Ana em Religare

Transcrição

Certa vez, habitava uma vila, uma população. Essa população, eles viviam em harmonia. Porém, um deles foi sair para caçar e caiu num poço.

Um buraco muito grande, muito fundo, e desapareceu. Todo mundo que vivia ali naquele povoado passou a procurar aquela pessoa que tinha desaparecido, aquele jovem. E ninguém encontrava, ele ficou perdido.

E o tempo que ele ficou perdido, ele gritava, gritava, pedia ajuda para sair dali, mas era tão fundo aquele poço que ele não conseguia. Ninguém ouvia ele na superfície. Então, aquele povo se reuniu e fez uma festa.

Nessa festa, eles dançaram e cantaram para que eles recebessem uma ajuda do plano espiritual. E o plano espiritual enviou uma forasteira, que chegou naquele lugar ali, alguém de fora. Chegou vestida de uma armadura que emanava muita luz e uma luz azul.

Essa forasteira, ao invés de sair para procurar, eles entenderam que era alguém que tinha vindo dar essa ajuda, encontrar esse jovem desaparecido. Essa forasteira, ao invés de sair para procurar, começou a visitar o lugar que cada um deles habitava. Ia nas casas e conversava com cada um.

Tomava um café, comia uma pupunha, trocava uma ideia. Depois ia na casa de outro, pegava uma rede, dormia por lá. E conforme os dias iam passando, todo mundo já tinha sido visitado por essa andarilha.

Essa andarilha disse que precisava ir embora, que tinha ficado muito feliz de conhecer o lugar, mas que já ia se retirar. E aí ninguém entendeu nada, porque ela pegou rumo e foi-se embora. E quando ela saiu de lá, ela entrou na floresta, deu alguns passos e caiu no buraco.

Quando ela caiu no buraco, ela se desfez em água. E aquele buraco começou a encher de água, e o jovem que tinha caído lá dentro começou a boiar até chegar na superfície. E ali ele saiu, porque agora não era mais um buraco, era uma fonte de água.

E aquele jovem saiu de lá, e todo mundo da vila ficou agradecido, satisfeito, porque ele voltou com vida. E a partir daquele momento, todo mundo teve aquele olho d’água como um lugar para se banhar, para se alimentar, para festejar, para tomar banho naquela água e pedir conselhos. Então, quando as pessoas estavam com dúvidas de alguma coisa, elas iam visitar aquele poço e ficar ali um tempo na água, conversando, olhando para elas mesmas no reflexo da água, e voltavam melhores para a vila.

Ferramentas de acessibilidade